A maternidade chega com muitos desafios, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Em alguns casos, um lado acaba pesando mais do que o outro. Escolher manter o equilíbrio entre as duas partes foi a decisão da empreendedora Emília da Silva Sousa, que conseguiu transformar sua vida e hoje celebra as conquistas e vitórias alcançadas por meio de sua persistência e determinação.
Aos 18 anos, Emília deixou o vilarejo de Córrego de São José, em Pancas, região noroeste do Estado. Lá, ela colhia café com a família, mas Vitória era o seu tão sonhado destino. Quando chegou na Capital, trabalhou por dois anos como doméstica e decidiu que faria um curso de cabelereira. “Os donos da casa que eu trabalhava me ajudaram muito. Me permitiram trabalhar e fazer o curso, me agarrei a essa oportunidade, já que só tinha estudado até a 4ª série, pois essa seria a chance de mudar minha história”, lembrou agradecida.
Dois anos depois, Emília já tinha comprado o seu próprio salão no Centro de Vitória. Hoje, ela faz parte do grupo de mais de 200 mil mulheres que empreendem no Espírito Santo. “Montei meu salão e fiquei grávida, mas ser mãe não me impediu de alcançar meus objetivos. Quando meu primeiro filho nasceu ia com ele para o salão e entre um atendimento e outro cuidava dele. Trabalhava de domingo a domingo, atendia de madrugada, fazia de tudo e o bebê junto comigo, tinha um salão e um filho para cuidar. A maternidade nunca me atrapalhou ser a melhor profissional que eu pude”, disse.
A empreendedora se especializou em cabelos loiros. “Foram muitos cursos, eventos, palestras, treinamentos, sempre trabalhei muito, mas nunca deixei de me qualificar, pois sei bem a importância de sempre aperfeiçoar minha técnica”, ponderou a cabelereira que hoje é reconhecida como a “Rainha das Loiras”.
Nessa jornada de empreender e ser mãe, vieram mais dois filhos. “Os desafios aumentaram, mas eu e meu marido, que também era cabelereiro, cuidávamos do salão. Trabalhamos juntos durante todo tempo, conquistei todo meu patrimônio. Não tinha nada e hoje, graças ao meu trabalho, tenho uma vida muito confortável. Perdi meu esposo para o câncer, mas durante o tratamento cuidei dele e trabalhei todos os dias”.
O foco em ampliar o negócio, proporcionar emprego para mais pessoas e oferecer um atendimento de qualidade fez com que a empreendedora abrisse seu segundo espaço de beleza, o Emília Coiffeur, dessa vez na Enseada do Suá, também na Capital.
A cabeleireira contou que um novo projeto já está a caminho. Desta vez ela vai construir um centro de estética voltado para noivas. “O novo espaço já está comprado, será na Enseada do Suá. Mas por conta dessa pandemia vou ter que aguardar um pouco, depois que tudo passar darei continuidade para esse projeto”, garantiu a empreendedora.
Diante da pandemia e distanciamento social o movimento caiu, mas Emilia acredita que o tempo é de se cuidar. “Ficamos fechados por 15 dias, quando retomamos a atividade cumprimos todas as recomendações determinadas pelo governador. Oferecemos todos os cuidados para nossos clientes. Reduzi minha equipe de atendimento, mantemos a distância necessária, temos álcool em gel, local para lavar as mãos, além de todo cuidado para segurança dos nossos profissionais e clientes”.
Para a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado (Aderes), que trabalha para que mulheres possam ocupar cada vez mais espaço no mercado, essa história retrata a essência do empreendedorismo feminino. Parabéns para todas a mulheres, que incansáveis, acumulam a missão de ser mãe e empreendedora.
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Assessoria de Comunicação da Aderes
Débora Pedroza
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