Quando a economista e mestre em Gestão Pública Sandra Aragão entrou no Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), ainda como estagiária, percebeu que as mulheres, em sua maioria, ocupavam funções secundárias. “Eram estagiárias, telefonistas, escriturárias. A maioria do quadro técnico era de homens. Foi preciso muita coragem, determinação e fé em Deus”, lembra.
Servidora de carreira do banco, onde trabalhou por mais de 30 anos, a estagiária que entrou como recepcionista galgou degraus: fez concurso interno para a área de planejamento, foi analista de projetos e assessora da presidência. Também ocupou cargos nos governos Federal, Estadual e Municipal. “Como gestora pública, fui diretora do Porto de Vitória, subsecretária estadual de Educação, superintendente Administrativa e Financeira da Secom, diretora Administrativa e Financeira do Instituto Jones dos Santos Neves e diretora Tributária da Prefeitura de Vila Velha”, relembra. Atualmente, é diretora Administrativa e Financeira da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes).
Questionada sobre o que é ser mulher no serviço público, Sandra elege o foco na cidadania. “É ser multitarefa, servindo à sociedade com presteza, sensibilidade e com um sorriso nos lábios. Todos os gestores públicos devem voltar suas práticas ao estímulo da cidadania. E a mulher nesse quadro, com sua garra e habilidade, deve sempre primar pela motivação e incentivo à criatividade de cada servidor, conscientizando todos da importância da função pública e do papel de servir à população’’, aconselha.
Mãe de Samuelly, Vanessa e Amanda, Sandra diz que a melhor coisa em ser mulher é, além de ser mãe, ter a capacidade de conciliar firmeza e sensibilidade e assumir vários papéis. “O pior é ter que mostrar que somos capazes o tempo todo e lutar nos espaços por igualdade, por direitos básicos como salários e posições gerenciais”, explica. Para Sandra, o mundo ideal para as mulheres seria aquele “sem discriminação, sem preconceitos e com respeito a todos, independente do sexo”, almeja.
Fã dos esportes ao ar livre e praticante de frescobol, modalidade em que a colaboração entre os praticantes é a tônica do jogo, Sandra aprendeu com o esporte e com a vida a importância do prazer e do descanso. A mensagem que deixa às outras mulheres, que ela chama de “polvo”, pela capacidade de lidar com várias funções e responsabilidades – “temos dezenas de braços, um para cada função; braço mãe, braço profissional, braço gestora, braço filha, braço dona de casa” – é de luta: “Fé, paciência, coragem e determinação são fundamentais em cada um desses braços. Mas nunca podemos nos esquecer do braço mulher, que também merece ter alívio, prazer e descanso”, diz.
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