Passados os desfiles, os foliões vão para suas casas e os resíduos da festa ficam pelo caminho. São restos de fantasias e de adereços que iriam para o lixo, mas que com a ação de instituições voltadas para a reciclagem ganham a destinação correta. Uma dessas instituições é o Núcleo de Desenvolvimento Socioambiental e Cultural Reciclafolia, que desde 2008 atua na dispersão do Sambão do Povo, recolhendo os resíduos para transformá-los em fonte de renda para comunidades carentes.
A coordenadora do Reciclafolia, Maria Aparecida Moschem, explica como acontece tal transformação. “Os materiais descartados são destinados para escolas, projetos ambientais e grupos de teatro. Também viram matéria-prima para artesanatos”, disse.
O Reciclafolia é um dos projetos beneficiados pela Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes). “Um dos segmentos com os quais a Aderes trabalha é o de materiais recicláveis e reutilizáveis, por isso, destinamos esforços para ajudá-los na tarefa de recolher e dar novas utilizações aos materiais gerando renda”, explicou o diretor-presidente da Aderes, Alberto Farias Gavini Filho.
Os materiais coletados também são utilizados na realização de oficinas nas escolas, em feiras de artesanato, em aulas de cidadania e meio ambiente, quando são produzidos brincos e chaveiros de tecido. “A parceria que nós estabelecemos com a Aderes nos ajudou a estruturar e organizar o nosso núcleo, produzir as camisas para identificação, ganhamos tendas e um caminhão para a coleta das fantasias e tecidos do Sambão do Povo para os espaços de armazenamento na comunidade”, comemorou a coordenadora.
O objetivo do Reciclafolia é coletar, reciclar e transformar resíduos de Carnaval em fonte de renda para comunidades carentes e doar fantasias para blocos e escolas de samba do interior, escolas públicas, grupos de teatro, unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPs), entre outros.
“Muitos foliões, por não conseguir levar para casa adereços e fantasias, se desfazem deles ao término do desfile e, para impedir que fiquem em terrenos baldios, mangues, latas de lixo ou outros locais inapropriados, recolhemos à medida que são abandonados”, disse Maria Aparecida Moschem.
Entidades de vários municípios, como São Mateus, Venda Nova do Imigrante, Alfredo Chaves, Domingos Martins, Colatina, Guarapari e Viana recebem os materiais após eles serem separados e tratados, para então virar renda para os artesãos.
Texto: Carolina Moreira
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