Distribuição justa de renda, autogestão, ganho justo e preservação do planeta. Esses são alguns princípios da Economia Solidária, que tem em sua essência a igualdade e, para isso, valoriza o ser humano e não o capital. É um tipo de produção em que o bem comum é mais importante do que o lucro e as vantagens de alguns, além de ser uma alternativa às relações de trabalho convencionais.
Esse modelo de negócio foi regulamentado pelo Governo Federal que sancionou a Lei 13.928, em dezembro de 2019, que institui o Dia Nacional da Economia Solidária, comemorado nesta terça-feira (15).
No Espírito Santo, cerca de três mil empreendedores atuam nesse modelo de gestão alternativo. Segundo o diretor técnico da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado, Hugo Tofoli, os projetos da Economia Solidária estão mais concentrados na Grande Vitória. Apesar disso, podem ser encontrados em outros municípios, entre eles, Nova Venécia e Colatina.
De acordo com o diretor técnico, os setores que mais contam com iniciativas da Economia Solidária são o comércio, artesanato e alimentação. Porém, o que agrega o maior número de empreendedores são as associações de materiais recicláveis. “Elas estão presentes em 68 municípios do Estado e movimentam mais de R$ 1 milhão”, acrescentou Tofoli.
Segundo o representante da Rede de Economia Solidária dos Catadores Unidos do Espírito Santo (Reunes), Lucio Heleno Barbosa dos Santos, somente na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), são retirados, todos os meses, cerca de 250 toneladas de materiais recicláveis. O valor das vendas é divido de forma igual entre os associados. “Quando a gente se junta conseguimos um poder de negociação maior e com isso o valor do material sobe, o que é benéfico para todos”, afirmou o presidente da Rede.
Lucio Heleno disse ainda que esse é um modelo de gestão que beneficia a todos. “Temos catadores com mais tempo na catação e outros que iniciaram o trabalho por meio da associação, e essa forma de autogestão é o diferencial do nosso negócio, temos o pensamento rápido e moderno dos jovens aliado ao trabalho mais assertivo e experiente dos mais velhos, isso faz com que tenhamos associações mais fortes”, contou.
Quem também faz parte desse modelo de gestão é a presidente da Associação de Artesanato dos Artesãos Vitoriosos de Vila Velha (AAAVVV), Miriam Lima de Oliveira, que também é integrante da rede de comercialização da Economia Solidária de Vila Velha. “Confeccionamos nossos produtos de artesanato e vendemos de forma conjunta e isso é muito bom para todos nós. Neste momento estamos na Feira de Natal de Vila Velha, que acontece na Praça Duque de Caxias, no centro da cidade. E para comemorar o Dia Nacional da Economia Solidária, nesta terça-feira, vamos fazer uma roda de conversa e um café da manhã, destacou.
Para o diretor-presidente da Aderes, Alberto Farias Gavini Filho, o principal objetivo da agência é fomentar políticas públicas para esses empreendedores que contribuem muito para a economia capixaba. “A Aderes se sente honrada de proporcionar políticas públicas que contribuem com o desenvolvimento desse segmento. São feiras de comercialização e divulgação de produtos, consultorias, curso de qualificação, entre outras ações promovidas pela Aderes”, frisou o presidente da Aderes.
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Assessoria de Comunicação da Aderes
Débora Pedroza
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