Fonte de renda de cerca de 40 mil famílias no Espírito Santo, sendo 15 mil delas de profissionais registrados nacionalmente por meio da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), o artesanato capixaba comemorou, nessa quarta-feira (19), suas conquistas e avanços, em evento no Cerimonial Oásis, em Santa Lúcia, Vitória. A data escolhida é a que se celebra todo ano o Dia Nacional do Artesão. Mais de 400 artesãos participaram do evento.
O governador do Estado, Renato Casagrande, abriu o encontro parabenizando os profissionais e lembrando do apoio do Governo do Estado, por meio da Aderes, nos diversos eventos realizados durante o ano, em que os artesãos podem expor e comercializar os seus produtos em estandes, levando renda para as suas casas.
“A gente oferta oportunidades em nossos eventos para que o artesão e a artesã possam apresentar e comercializar o seu produto. A primeira razão é que vocês estão tendo renda com o talento de vocês. A renda é fundamental para que as pessoas tenham dignidade. É muito bonito a gente ver uma pessoa fazendo uma peça, mas se a pessoa não tem como ter renda com aquela obra, nada adianta”, afirmou.
Casagrande lembrou ainda que a venda dos produtos divulga o potencial e a realidade do Espírito Santo. “Então, para nós, vocês fazem parte da construção da personalidade do Estado. Não tem como ter uma presença forte de um fluxo de turistas se não tiver uma cultura forte e uma referência no artesanato. Para qualquer lugar que se vai, você procura alguma coisa que possa identificar aquele local, seja estado, seja município, seja região. Procura-se alguma coisa que dê àquele local uma personalidade e as peças do artesanato dão ao lugar isso”, afirmou o governador.
Comprometimento
O diretor–geral da Aderes, Alberto Gavini, reafirmou o comprometimento da Aderes com o artesanato capixaba, lembrando que foram mais de 160 feiras apoiadas pela autarquia em todo o Estado em 2024, nas quais os artesãos puderam atuar. “Sem contar todas as feiras nacionais possíveis de participar onde levamos vocês”.
Gavini destacou ainda a emissão da Carteira do Artesão que é feita pela Aderes de forma on-line e que em 2024 chegou a um total de 300 entregues. “Uma novidade no Brasil. Um sistema que é feito pelo WhatsApp e dá mobilidade para todo mundo”, apontou.
A Carteira do Artesão permite o acesso às políticas públicas do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e coordenações estaduais do artesanato.
Balanço
O gerente do Artesanato Capixaba da Aderes e coordenador estadual do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), Juliano Nogueira, aproveitou o momento de festejo para também fazer uma prestação de contas dos trabalhos da autarquia relacionados ao setor.
“São números transparentes que eu tenho muito orgulho de apresentar para vocês em nome de toda equipe da Aderes. De todos os eventos de 2024 nós tivemos 1.656 inscrições de artesanato individual e 127 associações que se inscreveram”, mostrou Juliano.
Ele prosseguiu: “A transmissão do evento desta quarta-feira está passando para todo o Brasil e ninguém nunca fez tanto pelos artesãos no país como a Aderes faz”.
Políticas Públicas
A professora, mestre e doutora da Universidade Federal de Pernambuco, Myrna Lorêto, autora do livro “Os trabalhadores artesãos em barro e as políticas públicas de artesanato no Alto do Moura em Caruaru (PE)”, enriqueceu ainda mais o evento.
Com a palestra “Políticas Públicas de Artesanato: Os Artesãos e Suas Conquistas”, a professora destacou a importância de valorizar o artesão antes mesmo do que o próprio artesanato.
“Não podemos ver o artesanato apenas como uma questão econômica, mas primeiro como uma questão de valorizar a pessoa, o artesão. A gente pode achar que não tem diferença, mas tem muita. Quando a gente fala primeiro do artesão estamos lembrando da pessoa que está ali, quando falo do artesanato eu posso falar apenas como setor econômico e não chego às pessoas que estão por trás”, disse.
Myrna Lorêto também destacou a importância do trabalho do artesão para a o fortalecimento da cultura e do turismo regional. “O artesanato também tem a questão cultural, como o governador falou aqui, do turismo, da cultura. Então, quando a gente pensa no artesanato, a gente não pode pensar apenas em uma questão econômica. Tem uma cultura que esse artesão acaba sendo um representante”.
Ela prosseguiu: “Além disso, tem uma questão profissional, porque há quanto tempo os artesãos demoraram para ter a sua profissão reconhecida? Em 2015 veio a Lei do Artesão, mas essa lei ainda precisa ter mais conquistas sociais, porque a partir do momento que você trabalha é menos uma pessoa que depende do governo, é menos uma pessoa que está desempregada”.
Encerramento
A banda de congo do Mestre Domingos foi a responsável por encerrar as atividades do dia com muita música e animação.
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