Nesta terça-feira (11), o auditório do Tribunal de Contas reuniu prefeitos, secretários municipais, representantes do Ministério Público, do Tribunal de Contas, entidades organizadas e muitos interessados em conhecer a importância da coleta seletiva e da prestação de serviços dos catadores para as cidades capixabas.

O seminário “Desafios para Inclusão Socioeconômica dos Catadores na Política Municipal de Resíduos Sólidos”, realizado pela Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes) e pela Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes) apresentou os resultados do Projeto Catadores no Estado do Espirito Santo e tratou do Termo de Ajuste de Conduta I e II, estabelecido em 2013 entre o Ministério Público e os municípios.

Abrindo o seminário, o diretor-presidente da Aderes, Edilson Rodes, reforçou que o trabalho da autarquia com as associações de catadores segue o posicionamento estratégico do Governo, de estabelecer um trabalho conjunto e de união entre o Estado e os municípios, em busca de objetivos comuns. Edilson destacou que o trabalho dos catadores envolve benefícios para a saúde pública e a consciência ambiental.

Representando a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, à qual a Aderes é vinculada, o subsecretário Sérgio Gianordoli ressaltou a importância do evento para a inserção social dos catadores e a consequente melhoria da qualidade de vida não só deste segmento, mas também das cidades. Para isso, o intercâmbio e trabalho conjunto com o Ministério Público e Tribunal de Contas é fundamental.

Guerino Zanon, presidente eleito da Amunes, disse que é necessário que as prefeituras avancem nas boas práticas de gestão e invistam em políticas públicas com os catadores de resíduos sólidos. De acordo com Guerino, a Amunes será um instrumento para ajudar o Espírito Santo nesta questão tão importante do tratamento dos resíduos sólidos.

Saiba mais

O projeto “Fortalecimento dos Catadores de Materiais Recicláveis do Espírito Santo” identifica, cadastra, sensibiliza e mobiliza diversos atores (catadores, prefeituras, associações, entre outros) para promover a inclusão social e produtiva de catadores/as de materiais reutilizáveis e recicláveis, contribuindo para a geração de renda e para a preservação ambiental.

Para isso, já foram realizados 126 cursos, oficinas, encontros e reuniões técnicas com a presença de aproximadamente 2,3 mil pessoas (catadores, servidores públicos municipais, representantes de entidades, entre outros).

Dentro do projeto, também é oferecida assessoria técnica com orientação jurídica, financeira e administrativa para a estruturação de associações, cooperativas e redes decatadores em todo o Estado. Outra ação importante é a aquisição e cessão de prensas, carrinhos e balanças eletrônicas a instituições que não dispunham desse material.

A meta é até 2018, organizar as associações existentes em todos os municípios, construindo uma rede de instituições preparadas para comercializar os materiais reciclados dentro e fora do Estado.

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